quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

OPERA MULTI STEEL e 3 COLD MEN !!!

Yo!
Olha eu de novo... e esperando o ano que vem, ansiosamente, diga-se de passagem.

Fora meus "projetos pessoais" (ehr... nada de criar uma banda, ou aprender a tocar algum instrumento, ou o domínio do mundo, infelizmente... pelo menos, não agora), que espero que comecem a se engrenar, tem showzasso vindo por aí, e esse EU NÃO PERCO!!!
OPERA MULTI STEEL NO BRASIL! YEAH!

Post passado, eu falei um tiquinho do Frozen Autumn e também do Plastique Noir.
Desde aquele show, já tinha sido anunciado que o "OPERA MULTI STEEL" viria pra cá, e tá mais que confirmado, pra Abril!

O que comentar dessa banda?
Bom... inicialmente, uns amigos meus me emprestaram uma coletânea (a Days of Creation, do próprio Opera), e pra mim, foi um som daqueles "que diabos é isso?" (quando não estamos devidamente "apurados" pra ouvir alguma coisa mais diferenciada); minha primeira impressão foi de ouvir algo bem esquisito...
Eis que eu tinha gostado de uma música ou outra (como a Jamais Plus, e a Premieres Loges), e meio que "larguei o álbum esquisito" de mãos; não havia gostado logo de cara.

Mas, como um tanto (muito) paciente que sou com música, acabei "estocando o álbum pra futuras ocasiões", e num belo dia que eu tinha meio que desgastado o tanto de coisas que ouvia na época, fui com aquele "o que eu tenho de diferente pra ouvir aqui?", e me deparei com o CD do Opera novamente; não deu outra, saquei o dito cujo e o coloquei no som, e enquanto tomava um café, tomando um ar na área de serviço, fui me interessando mais pelo que eu ouvia: "putz, algo interessante!" eu pensei (até então, só havia tido apêgo pelas duas músicas que citei, e outras eu "tolerava" somente).

Eis que devo ter ouvido o CD umas duas ou três vezes seguidas... e aí eu pude prestar atenção na sonoridade dos caras: algo realmente diferente das coisas que eu ouvia na época.

Mais acostumado à popwave, pop-rock, new wave e afins de rádio dos anos 80 (entenda como "coisas comerciais" da época, pra ser mais exato), foi um impacto grande ter ouvido algo bem diferente dos demais. Foi mais ou menos daí que comecei a ter mais gosto por procurar coisas "underground".

Fui atrás de mais coisas do Opera, então eu vi que eles eram muito diversificados em cada trabalho deles (o "Days of Creation" é só uma pitada disso), e cada álbum tem um ambiente em específico.



Agora, falando da banda em si:
A atividade da banda começou em 1983, em Bourges (parte central da França), tendo como integrantes Franck Lopez (vocal e baixo), Patrick Lopez (vocal e teclados), e também tendo a Catherine Marie (vocal e percussão).

Os irmãos Lopez participavam de projetos diferentes: antes de criarem o Opera, Franck participava de uma banda folclórica de nome Avaric, junto com o Eric Milhiet (que depois, se uniria a esse projeto, como baixista e guitarrista), e Patrick vinha de uma banda de EBM de nome Afghanistain.

Além deles, houveram diversos integrantes que passaram pelo Opera, como o guitarrista Xavier Martin (que participou de algumas faixas gravadas, somente: era fã acirrado de hardcore, e não se deu muito com o ambiente do Opera), e também com músicos convidados, como a vocalista do Collection D'Arnell Andrea, Caroline Grieg.

Vale ressaltar que os quatro membros principais tinham seus estilos musicais bem variados, e também com a passagem de vários outros músicos de outros projetos, a sonoridade do Opera foi ficando cada vez mais diversificada e com suas particularidades bem marcadas: flautas doces, ritmos marcados de baterias eletrônicas, teclados e seus timbres, músicas com estilos mais medievais e até um tanto "cléricos".

O primeiro trabalho lançado foi o EP de nome "Les Martyrs", em 84, em formato vinilzinho de 45 RPM, que contava com quatro faixas, tendo originado uma das músicas mais conhecidas do grupo até hoje: "Armide".
No mesmo ano, lançaram outro EP, "Rien", e em 85 lançaram o primeiro álbum: "Cathedrale", que tem esse nome em homenagem à famosa construção de estilo gótico francês, que está situado na cidade-natal da Banda.
Fora toda a ambientação de estilos diferenciados, esse álbum conta com pitadas de synthpop, e dá a personalidade do projeto em si.

O grupo só lançou mais material em 87, mas isso não significa que o grupo estava em hiato (paralizado), ou sem mexer em mais nada do projeto: nesse meio tempo, tinham gravado muitos outros trabalhos, lançados originalmente em fitas K7 por selos independentes da Europa, em edições bem limitadas, muitas delas contendo faixas inéditas que não foram lançadas de forma oficial ATÉ HOJE!
O que quer dizer que muita coisa do Opera é "item raro de colecionador" (como se pode checar no site oficial da banda, algumas capas das K7, muitas vindo de forma grandiosa, em formatos livro e demais perfumarias sofisticadas pra época!)... mas sabendo procurar por aí, felizmente, se consegue uma cópia de tais fitas ("K7 Tapes Archives"), por mais que não esteja circulando oficialmente. Um achado!
Ainda falando das andanças em 2 anos "sem material oficial da própria banda", participaram de vários festivais e concertos pela Europa.

Bem, de 87 pra frente, teve a participação de vários outros membros (como integrantes da antiga banda de Franck) e gravação de vários outros singles e álbuns completos (A Contresens, de 89, Les Doleurs de L'ennui, de 90).

Em 91, a banda começa a trabalhar em Stella Obscura, sendo lançado no ano seguinte.
Na criação desse álbum, Patrick estava passando por várias crises emocionais e tentou se suicidar por incontáveis vezes, até ser internado em uma clínica.
Talvez por isso, o álbum seja tão marcado pela tristeza, depressão e melancolia que suas 17 faixas trazem (e curiosamente também, um dos álbuns com mais sucesso de crítica), contando com uma nova versão da famosa "Armide"...
Esse ábum ainda traz a participação especial do Brendan Perry (vocalista da Dead Can Dance, banda única, e por várias vezes, de sonoridade obscura), na faixa "Du Chant des Elfes".
Depois da internação de Patrick, a baida passou muito tempo sem lançar nada inédito.

Em 95, algo mais do que curioso acontece: um selo independente brasileiro, de nome "Museum Obscuro" (representante brasileiro da Cri du Chat Disques, originária da França), resolve lançar uma coletânea do Opera Multi Steel em solo tupiniquim, registrando os 10 primeiros anos de vida do projeto...

Isso por si só já é curioso pra muita banda lá fora que sequer sabe que é conhecida fora do seu eixo: o Brasil é algo "exótico"; muita gente sequer sabe que existem pessoas do lado de cá que apreciam e cultuam tal gosto musical (devido ao que é veiculado do Brasil lá fora, antes de mais nada).

Voltando:
A coletânea foi criada aqui devido ao sucesso underground que o Opera fazia nas casas noturnas da época: "Days of Creation" tocava bastante nas noites paulistas... e originou a coletânea "Days of Creation: An Anthology - 1984-1994".

O Opera Multi Steel ainda gravou no Brasil a música "Eleanor Rigby", cover dos Beatles, pra ser lançada numa coletânea (também brasileira) de nome Black Sundays Vol. 2, por outro selo tupiniquim independente (a Gothic Compilation), ainda em 95.

Devido ao Museum Obscuro ter entrado em contato com a banda, os integrantes do Opera se empolgaram com um convite para voltarem a gravar: um álbum novo estava a caminho!
"Histoires de France" foram escritas por Patrick (dentro de sua intensa fase de recuperação).
O álbum foi lançado somente em 97, mas antes disso, a banda veio até o Brasil em 96 (!!!!!) e fez uma turnê, com Patrick, Franck, Catherine e o Eric, além de contarem com a Carine Grieg (vocal da Collection D'Arnell Andrea, já citado aqui).
Nesse show, a banda deu alguns presentes para nós, brasileiros: tocaram algumas músicas que não tinham sequer entrado nas gravações do grupo: faixas inéditas!!!

Em 96, a banda gravou "Vie Si Joliment Vide" para um disco da banda brasileira "Individual Industry".

Graças ao acolhimento brasileiro, novos frutos estariam por vir: em 99, nascia o "3 Cold Men", projeto de Franck com dois brasileiros (Alexandre Twin, do Individual Industry, e Maurizio Bonito, do Volv Uncion)!

Em 98, a banda grava na França o "Eternelle Tourment", trazendo regravações de 4 faixas de algumas fitas K7 e 7 músicas inéditas.

Daí pra frente, a banda vai voltando aos poucos ao ritmo: algumas gravações novas, contratempos, e em 2003, lançam "Une Idylle en Péril", contando com a vocalista do "Collection D'Arnell Andrea", e também com Thibault d'Abboville (também da Collection, tocando violão em algumas faixas).

De 2003 pra frente, passaram longo tempo sem gravar nada em álbuns, mas não encerravam suas atividades: gravaram nesse ano (2010) o álbum "La Legende Dorée", gravado sob o selo brasileiro "Wave Records", que inclusive foi lançado próximo do show do Frozen Autumn!!! Eu comprei meu exemplar lá, hehehehe...

Bem, eu escrevi pra diabos (acho que deveria encurtar isso), mas acreditem: não é por menos.
A banda merecia muito mais (eu ainda saí arrancando algumas coisas aqui e acolá), e gostaria de agradecer a pessoa que reuniu grandemente as infos na Wikipedia (me ajudou muito)!
É interessante saber o por quê de a banda "gostar de gravar aqui", e ter essa afinidade toda com o Brasil: ter gravado álbum aqui, feito show, ter side-projects com brasileiros.. é viajante!!!

A banda tem ligação com folclore, artes e história (basta ver os encartes: algumas capas foram pintadas por artistas franceses, e poesias de escritores foram transcritas em letras das músicas)... é algo não percebido comumente em qualquer banda por aí: até arrisco a dizer que "isso é único".
Eis o por quê de um artigo tão grande (e tão "abrangente" com a história da banda), e o por quê de eu gostar tanto deles...

Sem mais delongas, escutem alguns sons deles... divirtam-se!


OPERA MULTI STEEL - JARDIN BOTANIQUE



OPERA MULTI STEEL - CATHEDRALE



OPERA MULTI STEEL - ARMIDE



OPERA MULTI STEEL - JAMAIS PLUS



OPERA MULTI STEEL - LE CYGNE NOIR



Continuando...
Tem mais um pouco! 'Guentem aê...

Curtindo o CD novo do Opera (La Légende Doree), que eu comprei durante o show (lançamento nacional é bom: não é abusivo em alguns casos!), comecei a fuçar sobre "a banda que iria abrir o show deles".

Nada mais, nada menos, que o "3 COLD MEN", side-project do vocalista do Opera!
Até então, já sabia disso, mas nunca tinha ido atrás de muita coisa à respeito do 3 Cold men.
Caramba... me impressionei, e muito!

O som dos caras é algo bem limpo, e "oitentão" (apesar de o projeto ser novo)!
A banda é composta por:
- Franck Lopes (vocalista do "Opera Multi Steel", e do seu outro projeto, "O Quam Tristis", que é uma puta banda também),
- Alex Twin (está envolvido no projeto brasileiro "Wintry" e também o "Pecadores" )
- Maurizio Bonito (esse vem do "Individual Industry" e também tem o "Sci-Fi Moritz")
- Rui Ramos (bateria, ao vivo)
- Catherine Marie (backing vocals, ao vivo)

O curioso é que a banda tem os polos Brasil-Europa... bem interessante!
Justamente os polos que mais mantém os gêneros undergrounds ativos até hoje.

Eles se juntaram pelos gostos musicais parecidos, isso em meados de 1999, e lá pra 2001 gravaram uma demo com 4 músicas, e daí pra frente temos o que é hoje: uma banda que engloba pitadas de Darkwave, Coldwave, Electro-Gothic francês e alemão, e muitas outras coisas... é algo novo, mas muito saudosista ao mesmo tempo!
As letras do Alex e do Franck abordam alguns temas, como o romantismo, a desilusão; "sintomas típicos" do final do século passado.
É algo bem dançante, e que não enjôa... o que é melhor ainda!

Na discografia, eles contam com 3 álbuns: o Photogramm, o Urban RMXS e o The 3 Cold Men, todos eles muito valiosos!
Sem contar que os caras fizeram vários remixes pra artistas famosos do gêrero, como Sara Noxx, Trisomie 21, Mechanical Moth, entre outros.

Eis agora alguns sons dos caras:

THE 3 COLD MEN - BABIES (ARE NOT MY FRIENDS)



THE 3 COLD MEN - X-FRAGILE



Espero que tenham curtido a entrie, e que não tenham se aborrecido com o post imenso.
Até uma próxima!!!

sábado, 13 de novembro de 2010

ACORDANDO DO LIMBO !!!

Hey povo!
Pois bem, apareci novamente!
Infelizmente, andei sem tanto tempo pra estar ouvindo música e podendo escrever alguma coisa por aqui.
Peão sofre...

Bom... novidades? A que eu tenho, que é "mais-que-relevante", é que teve show do Frozen Autumn no "Inferno Club" aqui em São Paulo, mais precisamente no dia 23 de Outubro!
E claro... nesse eu não pude deixar de ir!
Foi ducaralho, sem mais...

Eu já havia falado da banda italiana há alguns posts (e coloquei umas 3 músicas deles aqui), e eles simplesmente arrebentaram no show!!!
Dia seguinte, eu tava quase rouco, hehe...

Na mesma noite, teve o "Plastique Noir", banda brasileira (especificamente, vindo do Ceará) que toca um som muito bom (e obscuro, às vezes), infelizmente não consegui pegar o show deles na íntegra... Por alguma razão, devem ter errado os horários, e isso fez com que começassem um pouco mais cedo... Uma pena, mas ao menos deu pra ouvir umas 3 músicas deles!
E, claro... o som dos caras é sem igual. Sempre admirei a banda, desde que ouvi os primeiros demos...


Bom, voltando ao show...
Eis que eu fui acompanhado de minha namorada (ai ai, excelente companhia sempre...), e estavamos lá do outro lado da rua, pra atravessar a Rua Augusta meio ao "pseudo-trânsito" que sempre tem ali (com tanta gente passando, e tanta zona nas calçadas, com gente transbordando pra rua, fica assim mesmo), olho pro outro lado da rua, e vejo um cara alto, franzino (menos que eu, hehehe) e branquelo, com um corte de cabelo "que eu já havia visto"... e era nada mais, nada menos, que o Diego Merletto... O VOCALISTA do Frozen Autumn conversando com o dono do projeto "Inferno Club"!!!
O cara ali, simplesmente conversando... sem ser "notado", hehehe.
A Froxeanne não tava lá, uma pena... Acho que ela deve ser mais reservada (porque após o término do show, ela "desapareceu", mas o Diego ficou lá na pista, dançando com o povo).

Acho legal esse lance do "mundo gótico", porque, ao que mais se nota, é que os artistas são mais "sossegados e humanos", e muitos deles não apresentam tanto estrelismo, ou de criarem um ar de "eu sou foda e intocável", o que às vezes, acaba dando má fama pra alguns.
Imagino como deve ser lá pro lado da Europa...

Voltando....
Sim, eles são reais... são exatamente como aparecem em fotos e ao que aparentam, são simples (no sentido "sou da minha forma", mas como pessoas comuns "não-deuses").
Acho que daí, dá pra tirar a base do por quê as pessoas vem fazer show aqui (TIRANDO os caras que COBRAM UMA FORTUNA, antes de qualquer coisa). Deve ser mais pelo "desbravamento" da coisa... porque, vir pros lados de cá, não deve ser barato... e também olhando pelo lado de que esse tipo de artista (pelo menos, alguns) não fecham contratos só pra tocarem em casa com milhares de lugares, e cobram umas 300 toalhas brancas nos camarins...

Aaah, a sonoridade...
Novamente, a Inferno Club fazendo bonito!
Tanto nas discotecagens, quanto nos shows que ela faz... o som de lá é um show à parte. Coisa que dá gosto.

Fiquei espantado com a sonoridade do Plastique e do Frozen, foram soberbas!
Ah é... dei uma de "turista japonês" lá no show, mas não tirei fotos (só filmei pequeninos trechos de uma música ou outra), mais pra documentar... e também não empreguei a função de "turista" porque tava lá pra sentir o show em si (e a companhia, óbvio!), e também porque MUITA GENTE tava filmando... Tanto que se "folhearem" o Youtube, irão encontrar muita coisa do show (e várias músicas inteirinhas, mesmo que em "qualidade reduzida), e dá pra sentir bem como foi o show... Casa lotada!

As duas bandas tocaram sons de primeira... e o que mais recompensa é saber que aquilo tudo não foi playback, mas sim que os caras tinham competência de fazer "igual ou melhor do que no estúdio".

Resumindo (o que eu poderia ficar escrevendo e escrevendo...): nota DEZ pro show!!!

E já corrigindo a injustiça que fiz até hoje (mas acreditem: não coloquei porque tava ausente!), vou dar uma "paia" do Plastique Noir... Justiça seja feita!


PLASTIQUE NOIR - THOSE WHO WALK BY THE NIGHT



PLASTIQUE NOIR - SHADOWRUN



PLASTIQUE NOIR - SILENT SHOUT



Por ora, vou colocar três deles, senão vou acabar colocando o repertório inteiro da banda aqui...
Salve salve pra essa banda fodástica de Fortaleza/ CE !!!

E colocando mais uma coisinha do Frozen...
Essa aqui em especial é do "side-project" do Diego e Froxxeane, entitulado STATIC MOVEMENT.
Era da época em que o primeiro guitarrista (Claudio Brosio) não tava lá tããão a fim de tocar com o Frozen, então os outros dois integrantes fuçaram com esse projeto que não inclui guitarras; dão conta de tudo somente com teclados e sintetizadores.
Desse projeto, também saíram músicas pro projeto "Frozen Autumn", mas re-arranjadas, como a "There's No Time To Recall".

Eis duas do projeto:

STATIC MOVEMENT - VISIONARY LANDSCAPES



STATIC MOVEMENT - OUTSIDE THE LINE



... E mais duas do Frozen, que não podiam deixar de pintar aqui...

THE FROZEN AUTUMN - VERDANCY PRICE




THE FROZEN AUTUMN - VENETIAN BLINDS



Por ora é só, pepoles. Espero que curtam (e, aos que "de vez em quando vêem o blog", que não me crucifiquem!)....
IT'S EVERYTHING REAL !!!!!!!!!!!!!!

quinta-feira, 24 de junho de 2010

FLEXIPOP!

Opa!

Após um tempo sumido (tanto arrumando coisas quanto vadiando "sem ter o que fazer", quanto estar sem vontade de usar o computador, etc, etc...), eis que tou dando um pulo aqui de volta...
Pra compensar, eis um material legal (e com conteúdo estranho também)!

Numa época em que eu andava perambulando na internet, atrás de uma música esquisita ou outra, eis que acabo topando com um blog de nome "Viva Flexipop"... fui me inteirar do assunto pra saber o que era aquilo, e me deparo com uma maravilhosa surpresa...


"Flexipop Magazine" era uma revista famosa que era lançada lá no Reino Unido, nas eras de 1980...

Como exemplo do que direi, aqui no Brasil, tínhamos a revista Bizz (que infelizmente não foi tããão longe com o seu "conceito" original, sendo relançada umas 3x, e no fim das contas, a revista acabou virando "um sêlo de projetos"...), que sempre vinha acompanhada de um compacto (sim! uma bolachinha de vinil, com umas 4 músicas)... meio que "um sample/ coletânea" do que tava rolando na cena pop/ rock nacional...
Hmm... acho que isso vai render mais um post (tomara!)...

Ehr, voltando...
A Flexipop acabou sendo um projeto re-emergente de dois jornalistas (Barry Cain e Tim Lott), que já vinham de outra revista do mesmo naipe (a "Record Mirror", também do Reino Unido, claro); se juntaram e deram início à Flexipop.
Cada edição da revista vinha acompanhada de um "flexi-disc"... e uma das coisas bem notáveis que eles lançaram foi um disquinho contendo uma faixa da banda "Adam and The Ants" tocando uma versão da YMCA do Village People (!!!), mas... a música era ANTS ao invés do YMCA "tradicional"...

Infelizmente, não achei a versão do YMCA... mas fiquem com um hit da banda
(OBS: só procurei pela banda AGORA, mas parece que foi paixão à primeira vista... acho que curtirão também):
(OBS 2: não postei o videoclipe porque o que eu encontrei tinha um chiado fino e irritante ao fundo e isso causa dor de cabeça/ ouvido.....)



ADAM AND THE ANTS: KINGS OF THE WILD FRONTIER



A revista, em suas publicações, lançou bastante coisa legal...
Nessa época, muitas outras revistas também tratavam do gênero, mas nenhuma fez tanto "rebuliço" quanto a própria Flexipop... ela foi uma das pioneiras quanto à fazer o gênero "revista + disco".

Infelizmente, ela foi cancelada com apenas 2 anos de vida... mas, foi mais que o suficiente pra que a revista ficasse muito conceituada em seu "nicho" e revitalizando mais um pouco a cena pop/ new wave no Reino Unido, fazendo até que os fãs adotassem o nome "flexi-disc" pras coletâneas, que alguns criavam "em casa" e distribuíam entre os amigos, dando um gás a mais na cena...
E com certeza, por causa disso... muitas bandas "obscuras/ nunca vistas" emergiram pra poder nos dar sons estupendos...
Podem ter certeza que várias bandas que conhecemos hoje, começaram dessa forma... vindo lá do seu cantinho, e alguém que os ouviu de alguma forma, os "revela ao mundo"...

Graças à Flexipop, os fãs da revista saíram fazendo coletâneas e as distribuindo por aí, como eu havia mencionado... e uma pessoa resolveu "juntar" os tributos da Flexipop em seu blog pessoal...
Lá, encontrarão várias coletâneas com MUITA coisa legal e ao mesmo tempo estranhas... e com certeza, dará muito divertimento a quem parar pra ouví-las, assim como eu o fiz.

O endereço em si é esse aqui:
http://vivaflexipop.blogspot.com/

Baixem as coletâneas "A Tribute to Flexipop" que com certeza não se arrependerão.
Muita coisa sequer foi "remasterizada", hehehe...


Assim como o Adam and The Ants, eis outros exemplos do que rolavam na Flexipop:


X-RAY POP - LA MACHINE À RÊVER



ADVANCED ART - NO ANSWERS NO SOLUTIONS



CRAIG SIBLEY - YOU SEE ART, I SEE CLAY



JOHN BENDER - 39A5 SOMETHING



KEIN MENSCH - KEIN MENSCH



GUERRE FROIDE - DEMAIN BERLIN




Bom... coloquei bastante coisa porque eu tinha pré-selecionado algumas músicas das 8 coletâenas que eu ouvi. Algumas ficaram de fora... aliás, MUITA coisa ficou de fora, mas isso é coisa pra ouvirem as coletâneas com calma.
Ah sim... não se apeguem às imagens dos vídeos... o objetivo são as MÚSICAS do mesmo, porque algumas vezes, a pessoa que monta o vídeo coloca uma imagem que muitas vezes não representa/ não faz jus à música em si.

Até a próxima! See ya!

quinta-feira, 22 de abril de 2010

DEVAGAR...

Ho ho!
Demorou, mas apareci de novo.
Ando atarefado e com um tanto de "má vontade", mas isso não vem ao caso agora...
Vamos lá!

Eis que abro o post de hoje com uma banda que conheci recentemente...

Airiel é uma banda formada em 1997 lá em Indiana, EUA.
O som dos caras varia do bem calmo, tranquilo e estimulante (como esse postado aqui) do mais alegre e também tendo um som mais pesado.
O estilo deles é mais puxado pro lado Britpop/ Shoegaze (significa que eles têm um som/ estilo mais derivado das bandas inglesas, como Blur, Oasis, etc.... ), e possuem um som maravilhoso, lembrando em muitos momentos, bandas como (a minha idolatrada) Cocteau Twins, que varia muito de estilo...

Eles ainda estão na estrada, e estão sob o selo Highwheel Records, que é uma gravadora independente (o que significa que eles tem BEM MAIS TEMPO pra produzir sons legais e que não serão chupinhados até virarem uma bandinha de merda qualquer, ou uma banda em potencial que tenha sido estragada por culpa de um empresário sacana ou uma gravadora impetuosa), o que é muito bom para a maioria (se não todas) as bandas que fazem parte da mesma linhagem.

Um fato interessante é que essa banda, em 2008, os integrantes da banda foram condecorados "cavaleiros da Sealand" (um pequeno estado "independente", lá pros lados britânicos, e como o próprio nome sugere, é uma ilha em alto-mar), por terem contribuído para a cultura do estado... e ainda mais: foram A PRIMEIRA BANDA DE ROCK a fazer um show/ concerto naquele lugar... Interessante pra caramba, né? Daí você já pode tirar que coisa boa vem por aí...

A banda é composta atualmente por Jeremy Wrenn (vocais e guitarra), Chris DeBrizzio (guitarra), Andrew Puricelli (baixo e back vocal) e Mikey Pinaud (bateria), e ainda tinham outros dois integrantes da época da formação (que não fazem parte da atual, claro...), que são Cory Osborne (baixo e vocais) e John Rungger (bateria).
No começo, foram formado sob o nome Airiel Project One.
Possuem até o momento, 5 EPS, 1 CD e 1 LP (esse, de 2007, de Sealand).
Vale muito a pena ouvir os caras...

Essa música vem do "Winks and Kisses", CD de 2005.
Divirtam-se!


AIRIEL - SHIRLEY TEMPLE TIDAL WAVE




Aah.... essa também é uma banda maravilhosa ( e que vive me causando arrepios por todo o corpo, desde que a conheci )...

Claire Voyant é uma banda vinda lá da Califórnia...
Eles vieram de um outro projeto, de nome "Murmur", que era composta pelos 5 integrantes originais... mas se dividiram, devido às divergências (que vive ocorrendo em qualquer banda), assim sobrando 3, que deram origem ao Claire Voyant...
Em 1995, deram origem ao álbum "Claire Voyant"... passaram por vários estúdios até o atual, Metropolis Records, em 2009. Dentre esse tempo, gravaram 4 álbuns (cada um com sua particularidade e excelência)... valendo muito a pena ouvir cada um, em tempos diferentes.

Um fato interessante é que eles são "parecidos" com o Cocteau Twins, pelo fato de terem três integrantes, e o baixista fazer "uma porrada de coisa" dentro da banda, tomando conta do baixo, da bateria eletrônica (pré-gravada, diga-se de passagem) e dos demais arranjos da banda (como arranjos, etc, etc)...
Tiveram dificuldade em arranjar um novo nome pro projeto, e eis que um dia, Victoria (a vocalista) arranjou o nome, derivado de uma revistinha da década de 40 (a revistinha era criada por Jack Sparling, e lançada no jornal "New Yotk Newspaper PM", e seu período foi de 1943 até 1948).

O nome caiu bem no projeto, e então continuaram a compôr e criar...
Gravaram um "debut album" em 1995, sob seu próprio selo independente (Nocturne)... Eis que enviaram o álbum para a Projekt Records, e esta repassou o álbum para uma gravadora alemã de nome Hyperium Records... que por sua vez, incluiu a música do post ("Her") em uma coletânea, de nome "Heavenly Voices IV"... e então a banda ganhou uma boa popularidade com isso, lá pros lados da Europa, onde a coletânea também foi lançada.

A Hyperium relançou o primeiro álbum da banda (Claire Voyant, de 94) e quis cuidar também do próximo (bobos, né...?), de nome "Time and the Maiden" (que foi relançado depois, em 2000, com mais três faixas inéditas inclusas).
O terceiro álbum (Love Is Blind) foi lançado em 2002 pela gravadora independente "Metropolis Records", que já tinha relançado o "Time and the Maiden" com as três faixas bônus, lá no mercado americano.
Depois disso, lançaram o "Lustre" em 2009...

Então, a discografia da banda conta com 4 álbuns (e um deles sendo relançado com bônus, então dá pra considerar que são 5...).

Curtam mais essa, pepoles!

CLAIRE VOYANT - HER




Pra decidir sobre a terceira desse post aqui, foi uma "briga de foice interna", pois quis colocar essa banda em especial aqui... mas como eu gosto de uma porrada das músicas deles, ficou difícil... mas verei o que decido até o final dessas linhas...

Vou passar um tiquinho da "The Frozen Autumn" agora.
Essa banda (dupla.... mas é uma banda, uai) foi formada na Itália em 1993, e sua principal característica é o vocal e arranjos mais melancólicos, tendo uma atmosfera um tanto mais obscura (assim como um monte de excelentes bandas góticas do estilo "darkwave", dos anos 80)... mas é algo fascinante.

Diego Merletto resolveu começar o projeto solo depois de ter andado bastante por entre bandas de darkwave na Itália. De início, ele fez parceria com Claudio Brosio durante a gravação das primeiras composições da banda, e também em apresentações ao vivo (o Diego cantava e programava os sintetizadores).
Em 1995, lançaram o primeiro álbum, "Pale Awakening", lançados sob o selo alemão "Weisser Herbst Produktion",e esse trabalho foi muito bem recebido na cena gótica lá pela Europa...
Em 1997, lançaram o "Fragments of Memories", dessa vez sob outro selo, "Eibon Records", já na Itália.

Eis que em 98, Diego fez um projeto paralelo de nome "Static Movement", com a Arianna (também conhecida como Froxxeane), a mulher que emprestou a voz à algumas músicas no "Fragments of Memories"...
Foram compondo coisas por um tempo e lançaram em 1999 um álbum de nome "Visionary Landscapes". Tinha bastante coisa a ver com o Frozen Autumn em si, só "diferenciava" por usar somente instrumentos eletrônicos, resultando num som mais puxado pro lado "coldwave" (beeeeem mais "gótico", sombrio...).
Depois de algum tempo, Arianna resolveu se juntar ao Frozen Autumn, mas, dessa vez seguindo a linha que o Frozen fez.

Daí pra frente, a banda foi lançando vários trabalhos, um melhor que o outro, e cada um com suas particularidades.
Uma coisa legal é que os integrantes do Frozen são amigos bem próximos dos integrantes do Clan of Xymox (fora a inspiração natural pelo Clan, se você notou alguma semelhança entre os dois, já sabe de onde vem...)... sem contar que o álbum "Is Anybody There?", gravado em 2005, foi tratado sob o selo "Pandaimonium", que é do Clan of Xymox...
Até o momento, tem 7 álbuns em seu currículo...

E agora, o momento da música...
E escolho:

THE FROZEN AUTUMN - IS EVERYTHING REAL?



THE FROZEN AUTUMN - THIS TIME



THE FROZEN AUTUMN - I´M COMING FROM NOWHERE


Depois da briga (e optar por escolher "quase tudo", que eu queria do Frozen, hehehe...)
Aqui encerro esse post...
Espero que gostem.
Até mais!

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Pitadas de EBM, Harsh, Darkwave...

Ho ho! Hey caras!
Bom... depois de um tempo sem postar, tou de volta.

Antes de qualquer outra coisa, quero agradecer os comentários que vocês vêm fazendo nas entries do blog. Por mais que sejam bem escassos, eu fico contente por alguém parar pra dar uma olhadela, ou mesmo ouvir os sons que eu ando colocando aqui.
E também, agradecer os "puxões de orelha" que eu tomei ao vivo (sim! alguém me deu uns toques!)... isso por causa do meu jeito de colocar algumas observações aqui.

Especificamente, sobre o "eu não tou com saco de procurar"...
Geralmente eu escrevo isso quando a informação sobre a banda postada realmente é escassa ou nula... Mesmo se a info é abundante, eu filtro alguns pontos mais importantes e os posto aqui.

Se eu entendesse Alemão, Francês, etc (me viro bem no Inglês)... talvez eu teria mais sucesso na busca de infos...
Algumas coisas realmente não possuem infos disponíveis via "Pai Google"... é sair entrando de toca em toca pra ver o que se acha... e isso quando as tocas são encontradas...

Peço desculpas pelo termo usado antes...


Agora sim... começando os posts de clipes de hoje...

Andei descobrindo uma coisa aqui e outra acolá, portanto vou compartilhar aqui com vocês.

Primeiro, vou postar sobre uma banda de nome LIMBO.
O projeto dos caras é lá da Itália... e infelizmente não estão mais na ativa, mas deixaram algumas pérolas para os ouvintes de música gótica/ darkwave/ afins.

O projeto teve início em 1984, com o "cabeça" do grupo, Gianluca Becuzzi.
Esse cara, até hoje, é um dos mais respeitados na Itália, quando se trata da cena da música experimental e eletrônica.
Becuzzi fazia os vocais, programação, sintetizadores e as letras, e outros dois estudantes , Bruno Farese e Carlo Mallegni, faziam as bases de sintetizadores e as baterias,

Três meses depois de se juntarem, lançaram um puta trabalho... apenas chamado "Limbo". Era uma fita cassete que circulou por algum tempinho pela Itália, e rapidamente ganhou a atenção da imprensa do segmento, e de promotores e gravadoras locais também.
Essa "fita" pode ser encontrada no Soulseek, com algum esforço básico, assim como a discografia inteira dos caras também.

O som desse primeiro release dos caras é OBSCURO PRA CARAMBA, e em muitas vezes sôa bem bizarro... mas vale muito a pena de se conferir!

Daí pra frente, os caras começaram a fazer várias apresentações por toda a Itália e não pararam mais.
Eles fecharam um contrato com uma gravadora de nome "Spittle Records", e gravaram um mini-LP.
Depois da explosão desse mini-LP, saíram em turnê pela Itália e conseguiram convencer a Spittle Records de que tinham cacife o suficiente pra fechar um contrato pra um LP inteiro.

Depois do sucesso da turnê, em 1986, se trancaram nos estúdios pra conceber um novo álbum, entitulado "My Whip, Your Flesh" que é um ótimo álbum também, e inclusive todas as faixas desse disco foram usadas de trilha sonora pra um filme do diretor Fabio Salerno... o filme se chama "Notte Profonda" (Deep Night, em Inglês), do qual o diretor se matou três anos após o filme ser rodado, tornando o filme cult entre a cena.

Outra curiosidade: em 1991, o Limbo gravou "Our Mary of Cancer" (mais um álbum super-importante pra banda, e de sonoridade excelente), e até gravou participações de uma cantora brasileira, chamada Elena Margarolo.... E olhando por aí, vi que de 1991 até 2005, ela fez participações em mais 5 álbuns do gênero...
Ainda sobre o "Our Mary of Cancer", saiu uma edição limitada do disco em vinil, que tinha a cor VERMELHA... imagina aí o charme e destaque daquele bolachão vermelho na velha vitrola, disseminando sons obscuros...

Ao todo, lançaram 14 trabalhos (entre EPs, Singles, LPs e CDs), desde 1984 até 2004, quando a banda se encerrou.
Isso fora as aparições em compilações..
Mas os caras ainda fazem colaborações e side-projects por aí...

Eis o que selecionei pra vocês...

LIMBO - CARNALIA


LIMBO - HERMAPHRODITA


Queria postar algo do primeiro álbum, mas não achei por aí...
É bem diferentão do resto dos álbuns (pra ser sincero, é ÚNICA... aquela obscuridade toda).
Um ou outro até chega um tanto perto... mas não tem a mesma cara...
Fica pra uma próxima entrie... Eu mesmo devo upar pra vocês ouvirem...

Outra observação: tem uma outra banda, que também vem da Itália... que tem o nome de Limbo... só que essa toca ROCK... então não confundam as coisas, ok?


Agora, vamos de U.M.M.

Pra minha surpresa (e de outros, assim eu penso), essa banda vem de Portugal.
E não é que os caras mandam bem pra caramba!
EBM muitíssimo semelhante aos "oldschool" da vida, como Nitzer Ebb, Front 242...

UMM, na verdade, é uma marca de uma empresa automotiva de Portugal; de nome União Metalo-Mecânica.
Só que isso não significa que a banda represente isso da montadora, ou qualquer apêgo político... pela declaração dos próprios em seu blog, eles não são "nem de esquerda, nem de direita".

A banda é formada por três integrantes: João Pinheiro, Gastão e Ribeiro.

O projeto dos caras é de 2008 e está passando por transformações: João Pinheiro deixou a banda por motivos pessoais, mas o projeto continua com fôlego e estão indo em frente... e pelas infos, os caras tão anunciando uma mudança brusca (não especificada)...

Músicas como O Mineiro, Poligamia e Mulher da Vida são únicas... e ainda mais legal que são cantadas em Português (de Portugal, óbvio)... e dá pra entender!
Fora as sátiras, como no fim da "Mineiro"...
O som dos caras é demais... só ouvindo pra conferir!

UMM - O MINEIRO (Der Bergmann) - Live at Beat Club, Alemanha, 2009



Ah sim! Pra vocês que gostaram.. aqui vão algumas coisas muito bem-vindas...

Download da DEMO, disponibilizada pelos próprios caras da banda, pra divulgação...
Não percam tempo, confiram isso!

http://http.de.scene.org/pub/music/groups/enough_records/enrmp184_umm_-_demo_2008.zip

Myspace da banda:
http://www.myspace.com/ummebm

Divirtam-se na garimpada!


Agora, vamos de Klinik!
Banda da Bélgica, se originou da fusão de duas bandas: Absolute Body Control (banda de Dirk Ivens e Eric van Wonterghem) e também The Maniacs (banda de Sandy Nys e Marc Verhaeghen), dando origem ao "Absolute Controlled Clinical Maniacs"...
Devido ao nome gigantesco, logo se apegaram à uma "abreviação" da coisa toda, pra ser mais legível: THE KLINIK.

Pouquíssimo tempo após a união, Nys deixa a banda, seguido depois pelo Eric van Wonterghem... deixando o Klinik somente com a formação, considerada "clássica", de Dirk Ivens e Marc Verhaeghen...

A banda começou a ganhar fama com suas músicas em estilo Harsh (músicas que são mais agressivas e incitam emoções como o "ódio", citadas nas letras e batidas mais pesadas e densas) e EBM... Os caras começam a usar pesados mantos negros durante seus shows, e a incorporar estilos musicais mais diferenciados... usando até distorções de trombones e letras minimalistas em suas composições.

Após gravarem o álbum "Time", de 1991, eis que a diferença musical do Dirk e do Marc se tornaram grandes demais, e ambos decidem tomar seus próprios rumos...

Dirk se concentrou em seu proketo pessoal, de nome DIVE, e Marc continuou tocando o Klinik, que era ao mesmo tempo um "projeto solo", e também um projeto que contava com participação de vários outros membros. Atualmente, o Klinik é projeto solo do Marc, e tomou mais um rumo de música instrumental eletrônica...

Todos os membros envolvidos no Klinik estão ativos até hoje, participando em vários projetos... como o Sonar, Blok 57, Insekt, Monolyth, etc... é muita banda pra citar aqui e vai desnortear a todos nós se eu o fizer...

Dirk e Marc se juntaram em 2004 pra tocar em algumas apresentações, que originou um CD, lançado em 2004; "Live at Wave-Gothik-Treffen 2004", último trabalho lançado recentemente.

A discografia conta com 26 obras gravadas oficialmente, dentro LPs, Singles, EPs, MCDs, DCDs....

E OS CARAS VÃO VIR PRO BRASIL AGORA, DIA 13 DE MARÇO!!!!
Na sexta Feira, dia 12, o Bork (integrante do VOMITO NEGRO, que tá tocando também no projeto do KLINIK), juntamente com o Dirk Ivens, estarão fazendo uma discotecagem especial lá no evento TREFFEN 5..
Sem contar que esse evento vai ser fodalhão também... pelo fato de o DEAD JUMP tocar lá!
É um outro "projeto de um homem só", que vale muitíssimo a pena conferir... e estarei falando dele em outras entries, ok?

Agora, não sei se eu vou poder ir em algum dos dois, ou se irei nos dois, hehe....

Bom... aí vai algo do KLINIK pra vocês:

KLINIK - HOURS AND HOURS


KLINIK - MOVE YOUR HANDS




Só um complemento que "pipocou" aqui...
Já falei sobre o HARRY antes... e o que vou postar deles agora, é uma música que o Hansenharryebm já havia gravado antes em um de seus discos, só que era em português, cantado por uma mulher... era a música CAOS, que abria o álbum "The Caos EP - Taxidermy Album".
Agora, ela está em Inglês, cantada pelo próprio Hansen, e contando com o apoio do integrante do The Downward Path, Ricardo Santos (haha! dessa vez eu consegui achar o nome do cara, e agora eu descobri a ferramentazinha "Myspace" pra consultar!).

Vale a pena conferir porque ficou legal pra caramba... diferente da "gororoba" que ficou, quando eles abriram o show pro Vomito Negro tocar aqui, ano passado.
Tá bem... justiça é bom, né?
Ficou GOROROBA porque o Ricardo tava errando pra diabo, sem contar que o ajuste do som pros caras não tava lá essas coisas não.

Ah sim... esse som é do novo projeto do Harry + Downward Path... tomara que mais coisas boas venham daí!
Eis o clipe:

HARRY - Liar (Featuring Downward Path)




E eis que a entrie de hoje acaba.
Acho que esse deve ter sido a entrie mais longa que eu fiz até agora... levei bastante tempo pra escrever e polir aqui e acolá... Mas é por uma boa causa, não é?
Enjoy!

Até a próxima, pepoles!

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

BONJOUR. VIN, CAFÉ OU CURAÇAO BLUE?

Hallo.
Sem bons modos, vamos direto "ao que interessa".

Minha indicação vai pra segunda música do clipe abaixo (segue dos 5:15 pra frente), mas a primeira é musicão também.

Minimal Compact é uma banda bem interessante.
Uma junção de rock israelense com a cena post-punk dos anos 80, só pra "começar"...
A banda nasceu em 1981, e fez bastante "barulho" na cena do Rock na Europa.

Malka Spigel (baixo e vocais), Samy Bimbach (vocais e letras) e Berry Sakharof (guitarra, teclado e vocal) deixaram Tel-aviv, lugar onde nasceram, e foram para Amsterdã (isso em 1981 mesmo) como um modo de escapar das atitudes provincianas de sua terra-natal(leia-se... modos de expressão reprimidos, opiniões próprias, modo diferente da conduta dos demais conterrâneos, etc, etc..) .

Bom, desde o início, foram evoluindo um bocado (principalmente pelo fato de somente Berry ser um músico "de verdade" entre o trio... a Malka estava apenas aprendendo a tocar baixo, enquanto o Samy tinha mais reconhecimento com mixagens [DJ], e também poesia...), e depois da entrada de Max Franken, nativo de Amsterdã na bareria, a banda foi realmente "reconhecida" como "uma banda completa", já que só haviam gravado uma fita-demo com 2 músicas, e assinado com um selo de nome "Belgian Crammed".

Daí pra frente, a banda só fez crescer... teve pessoas "grandes" envolvidas entre a produção dos discos, como o Dick Polak (o vocalista e grande idealizador da banda holandesa "Mecano", que era envolvida também com artes plásticas, e isso permanece até hoje) e também o Peter Principle (o vocalista da banda Tuxedomoon, que também fez seu relativo sucesso pela Europa), e como mais um exemplo, o John Fryer (um dos caras que foi produtor de nada mais, nada menos que Cocteau Twins, Depeche Mode...).

A banda gravou vários álbuns, desde 1981 até 1988, que foi quando a banda decretou "seu fim", como tantas outras daquela época.

Retomaram atividade em 2004 para uma série de shows em israel e na Europa também. Depois disso "re-encerraram", e se juntaram novamenta pra fazerem três shows em Tel-Aviv, em comemoração de 60 anos de Samy, isso em 8 de julho de 2008.

Gravaram 11 discos (o último é uma coletânea), e vale muito a pena dar uma ouvida em todos eles. Com certeza, tem bastante coisa um tanto experimental. Uma das dicas que eu dou à respeito da banda, é o álbum "Deadly Weapons", também tido por muitos, como um disco bem experimental, com boas doses de sintetizadores e "viagens".

Segue o vídeo e o som.



MINIMAL COMPACT - "Inner Station" + "When I Go"
(duas músicas, um vídeo)



Agora, uma "pedra de gêlo". Falo da banda Nine Circles, com "What Is There Left".
Essa música é um misto de ColdWave, Minimal Wave, toque de Cyberpunk... e também da "realidade atual", mesmo considerando a época de quando foi criada/ gravada (sem contar as viagens do video-music criado pra música [NÃO é oficial], que traz trechos de Animatrix, Ghost In The Shell, Nirvana, entre outros... tudo que é animação japonesa que toca no tema "cyberpunk" da vida)...
A música em si trata de como as coisas eram antes de toda essa correria(à respeito dos computadores, ou ainda mais... de como era a vida) , e de como é agora.

Da banda em si, infelizmente, não achei nada (e não tive saco pra ir atrás). Tem uma banda de nome Nine Circles atualmente, mas não tem NADA A VER com o que eu trato aqui (é bandinha radicó, numetal, sei lá que porra é, mas não gosto do gênero, e ouço raras exceções... só quando vou MUITO com a cara, o que é raro). Uma pena mesmo.

Sei dessa música graças à umas coletâneas doidas que achei "virando lixo" na internet.
Só o que cheguei mais próximo de conseguir algo, foi num site russo, com o qual me deparei agora, que tem um usuário disponibilizando um "gigaton" de álbuns raros de se encontrar (com certeza o felizardo tem os vinis em casa e converteu tudo pra preservar e compartilhar), e vi que lá no meio tem um álbum inteiro do Nine Circles (o que eu realmente quero, a banda de 1982, não "isso" que tem no MySpace). A dureza vai ser pra conseguir me registrar no site, e conseguir acesso à esse maravilhoso torrent, e a paciência pra conseguir baixar tudo aquilo.....

Enfim, chega de ladainha. Fiquem com o som.

NINE CIRCLES - What Is There Left



Outro treco esquisito, dessa vez mais puxado pro lado do New Wave e Post-Punk.
Uma pontinha sobre o Mekanik Kommando.

Uma banda formada na Holanda em 1980, que criou seu próprio sêlo (Rosebud Records) após seu terceiro disco lançado (antes eles gravavam pela EMI).
Em 1988, acabaram se separando devido à diferenças musicais, dando origem à outras três novas bandas: Guler, Ulanbator, e The Use of Ashes.
Fico imaginando aqui se naquela época era fácil "montar uma gravadora"...
Claro que isso lá fora, porque aqui era um mata-mata pras bandas Punk/ Post-Punk da vida conseguirem gravar um álbum (isso com várias bandas juntas, formando coletânias, vide a lendária coletânea de Punk-Rock brasileira, "Rumores", só sonzasso)... era mais fácil pros gringos? Qualquer dia procuro saber disso.

Eis a música.



MEKANIK KOMMANDO - Microbes



Era pra eu ter postado outras coisas, mas algumas eu não achei já upadas "para exposição" aqui, e outras sequer achei informações à respeito (bom, também só fui atrás de "bicho esquisito", e deu pra sacar um tantinho pelas duas últimas músicas dessa entrie)...
Mas só o lado A da coisa é chato... o legal mesmo é sair futucando os troços que são estranhos "à primeira ouvida".

Espero que se divirtam.
See ya.